No entanto, uma pintura pode encontrar significado maior na própria forma. Pintar é também um processo de descobertas e, nessas condições, o quadro não obedeceria a uma estruturação prévia, vindo a constituir o registro de sua procura, ao longo da execução.
Até mesmo o assunto de definiria no ato de pintar, como se fosse uma soma de hesitações e certezas, remetendo a um clima de sonho - que dispensa referências ao mundo real.
Nesse processo, a intuição exerce papel central. Formas e cores nascem da memória, do ideário pessoal do artista, como exemplifica a obra do brasileiro Sérgio Fingermann.
Neste trabalho ele não especifica a idéia sugerida pela imagem. Ao contrário, liberto do preocupação com um significado anterior à feiura do quadro, o autor se permite certo grau de indeterminação e ambiguidade, buscando definir nada mais que uma atmosfera poética.
As cores estão distribuídas sobre fundo escuro (preto e azul-marinho), sem traduzir algo real, mas sim uma relação de formas. Para tanto, cada área e cada cor vão se sobrepondo em camadas, umas finas e transparentes, outras bem espessas. O efeito cromático é a soma dessas camadas de cor, cada qual preparada na própria tela, e não na paleta do artista.
Sérgio Fingermann deixa aparecer a pincelada, entendendo que ela transmite toda a emoção do ato de pintar, e que o quadro acabado - meio e fim - constitui um organismo vivo e autônomo, em vez de um veículo para conceituações.
Este post reforça bem a ideia da pintura abstrata. Ela é desprovida de um conceito só, não possui a rigidez da consciência ou racionalismo.
ResponderExcluirValeu.
Esse quadro nao tem conceito em demostrar arte mas sim em criar arte como o renascimento de uma ideia
ResponderExcluirA pintura que veijo nao demostra a arte de pintar mas de querer pintar pois todas as qualidades da pintura moderna
ResponderExcluirMuito bem
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