Joshua Reynolds, famoso pintor inglês do século XVIII, menciona em suas anotações que as cores devem ser misturadas sobre a tela. O que ele quis dizer, de fato, é que, embora preparemos as cores na paleta, nada se iguala à vitalidade e à espontaneidade da mistura cromática realizada na superfície da própria pintura.
As técnicas de fusão de cores podem ser desenvolvidas entre dois extremos. Por um lado, você pode misturá-las com pincel com tanta suavidade que as pinceladas mal podem ser vistas - mesmo de muito perto. No outro extremo, é possível aplicar grosseiramente pontos e pinceladas (e aparentemente de maneira nada realista), mas de modo que, quando observador se afasta da tela, as cores se fundem em seus olhos.
Tente executar as três principais técnicas de fusão aqui descritas e veja qual você prefere.
"Molhado no molhado":
Este método (também conhecido pela expressão inglesa "wet-into-wet"), muito usado pelos pintores, é o modo mais simples de misturar cores sobre a tela (A). Ele dá ao trabalho uma aparência suave e fluida, e permite que se pinte um quadro inteiro "alla prima", isto é, de uma só vez.
Passe uma camada de tinta sobre a outra, ainda molhada, mantendo-a sempre bem fluida (com algumas gotas de terebintina e bastante óleo), para retardar a secagem. Use pincéis de marta para dar um efeito mais suave. As cores fundem-se mais facilmente se houver maior quantidade de óleo no preparado, mas deixe a tinta mais espessa para os toques finais; do contrário, a superfície oleosa dissipará suas pinceladas.
Mistura com o pincel:
Os grandes mestres sabiam que o uso excessivo do pincel poderia acabar estragando suas cores, e preferiam obter esse efeitos empregando-o ao mínimo possível.
Tente uma gradação suave (B), misturando um tom com outro, enquanto as tintas não secaram, com a técnica "molhado no molhado". Geralmente, é mais fácil aplicar o claro sobre o escuro, por meio de pequenas pinceladas em ziguezague. Cada vez que o pincel volta, traz um pouco da tinta sobre a qual passou, deixando-a sobre o outro tom e produzindo assim uma gradação natural.
Deixe as áreas coloridas adjacentes bem chapadas e faça a fusão bem onde elas se encontram. Limite ao mínimo o trabalho com o pincel.
Misturas ópticas:
Uma mistura cuidadosa de cores na paleta ou na tela produz um resultado real, físico. No entanto, costuma ser mais interessante combinar duas ou mais cores, de forma que se mesclem aos olhos do observador. Essas misturas "ópticas" podem produzir cores mais vivas. Uma das técnicas para obtenção desse efeito é a das pinceladas justapostas (C). Trata-se de uma forma da chamada "cor quebrada", método muito usado pelos impressionistas. As pinceladas são delicadas intactas e não se fundem. Elas se combinam a distancia, formando uma cor diferente, mas quando olhamos de perto podemos distinguir cada uma das cores. Essa técnica pode representar um estilo em si mesmo, com a mistura óptica produzindo o efeito de um rico mosaico, ou pode ser utilizada especificadamente para dar textura à obra.
Bacana as dicas, estou começando a pintar as minhas primeiras telas,vou testar, obrigado.
ResponderExcluirGOSTEI DO SEU BLOG, ESTAREI SEGUINDO DE PERTO AS SUAS DICAS, POIS A MINHA PROFE DE PINTURA MUITA COISA NAO ME ENSINOU.
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